domingo, 19 de abril de 2015

Se não for sofrido...

... não é o Botafogo!

Depois de vencermos a Taça Guanabara, chegamos à final do Carioca, após sermos considerados o mais fraco dos quatro grandes.

Realmente temos um elenco bastante limitado (tanto técnica como fisicamente, como a semifinal veio a mostrar), mas uma coisa é certa e ninguém pode negar: esse time tem RAÇA.

Há muito tempo não vejo isso no Botafogo. 

O futebol não é uma ciência exata e nem sempre vence o melhor. 
Existem dois fatores básicos que fazem a diferença numa partida: tática e vontade de vencer.
E exatamente por isso o futebol é um esporte incrível: ele, muitas vezes, premia aqueles que têm raça, que jogam com sangue e paixão, a despeito dos que buscam a vitória se apoiando apenas em sua técnica.

No segundo tempo, nosso time estava visivelmente destruído fisicamente e nós tivemos que sofrer durante 45 minutos com a pessimista certeza de que o gol da desclassificação sairia a qualquer momento.

Mas não saiu. Nem mesmo após os 40 minutos, como comumente ocorre. 
Eu conseguia visualizar aquele gol chorado do flu aos 48 que nos tiraria da final. Para nossa alegria, ele não ocorreu.

Quem pensou que o sofrimento tinha acabado, estava enganado. 22 pênaltis foram batidos até nossa classificação. Eu, que estava no Niltão, fechei os olhos em todas as cobranças (atingindo algo bem próximo do nirvana) e me guiei pelos gritos das torcidas. 

Não dá pra negar que foi histórico! 

Minhas pernas tremiam quando saí do jogo. Eu mal conseguia andar.

E, agora, querem dizer que ganhamos com o "apito amigo"? Com um gol impedido aos 5 minutos do primeiro tempo? Nos poupem dessa, flapress nojenta.

Estamos na final e vamos pegar o Vasco mordido de Eurico... Ou melhor, eles é que vão pegar o INDESTRUTÍVEL Botafogo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente, mais Botafogo impossível.

E que venha o bacalhau!

Glorioso Apaixonado.