quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Força, Chape!

Era uma vez um clube alviverde que nasceu em 1973 na pequena cidade de Chapecó, em Santa Catarina, onde hoje moram 200 mil habitantes.

Um clube que já havia vencido poucos campeonatos catarinenses e passado por uma crise que quase o fez fechar as portas quando, em 2014, tornou-se conhecido no futebol brasileiro ao disputar a série A pela primeira vez.

Muitos não acreditaram em sua força e apostaram que faria uma das piores campanhas de todos os tempos e nunca mais retornaria à elite. Eu fui uma dessas pessoas.

Porém, após a permanência na série A sem grandes problemas no ano de 2014, o que se falava era que esse clube já tinha feito história, por ter subido da série D à série A em poucos anos sem jamais sofrer uma queda em qualquer uma dessas séries. Uma ascensão notável e impressionante.

Não demorou para que a Chapecoense se tornasse a queridinha do futebol nacional. 

Com as cores da paz e da esperança, o clube despertou muitos admiradores no futebol e nenhum inimigo. 

Uma história de sucesso que, gradativamente, impressionou o futebol brasileiro e veio a encontrar seu auge em 2016, depois do título catarinense, a excelente campanha no Campeonato Brasileiro e a chegada à final da Copa Sul-Americana.

Não havia dúvidas de que o Brasil todo torceria pela Chapecoense na final contra o Atlético Nacional de Medellin. Esse era o jogo mais importante da história da querida "Chape", como foi apelidada. Era a primeira final internacional em 43 anos de história, o que parecia um feito impressionante para um clube pequeno e sem muitos recursos.

Eles conseguiram. Eles foram guerreiros, deram seu sangue em campo e foram coroados com a classificação histórica. A Chape vivia um sonho e tinha todos os motivos do mundo para se orgulhar. Não à toa o treinador Caio Jr, que já esteve no Botafogo, disse no domingo: "Se morresse amanhã, morreria feliz".

Mas o que aconteceu em seguida me fez acreditar que os deuses do futebol não olham por nós. Talvez não haja qualquer ser divino a nos guiar, pois nem o pior dos demônios tramaria algo tão trágico com um clube tão humilde e merecedor como a Chapecoense.

O sonho virou tragédia.

O mundo não é justo. Não, não, não, não há como se acreditar em justiça quando, de uma hora para outra, 71 pessoas perdem a vida a caminho de um sonho. Se a justiça reinasse nesse mundo, jamais seria a Chapecoense a escolhida.

O episódio seria trágico qualquer que fosse o clube, ou mesmo se fosse um acidente aéreo comum, mas simplesmente não entendo: por que escolheram justo a Chape? Por quê? Por que justo agora, no momento mais importante da sua história?

Gostaria que alguém respondesse, mas não há resposta. É injusto. É muito injusto.

E se o goleiro Danilo não tivesse feito aquela defesa no final do jogo da semifinal que deu a classificação ao time? Eles não cantariam em coro no vestiário "Vamos, vamos, Chape!", mas provavelmente estariam vivos. 

Às vítimas, que descansem em paz. Às famílias, que encontrem algum tipo de consolo e fiquem bem. Ao clube, que a recuperação venha seguida de uma história de glória.

Além do Botafogo, agora torço para mais dois times: Chapecoense e Atlético Nacional de Medellin.
Para a primeira, porque como não torcer depois de tudo? Para o segundo, por ter mostrado que é um GIGANTE em sua nobre atitude de abdicar do título para entregá-lo à Chape. 

Não há palavras para descrever a dor. O futebol está de luto. Mais do que um clube, eram pessoas com uma vida inteira pela frente. 

Que a Chape encontre na tragédia, o conforto; no pesadelo, a esperança; na tristeza, a força. E que o tempo tenha piedade e a coloque novamente na trajetória do sucesso, para que, no futuro, possamos olhar seu escudo e recordar como ela teve que ser forte para superar tudo. 

Chape, você fez história. Você já é um dos grandes. Por você, nossos corações são hoje inteiramente alviverdes.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Derrota e Libertadores

Tem dias que tudo da errado.

Hoje foi um deles.

A Chapecoense jogou no nosso erro e nao foi por falta de aviso.

Jair Ventura ja havia dito isso antes, mas isso nao foi suficiente para nos alertar.

Depois de uma sequencia de vitorias, uma derrota nao pode nos afetar.

Sim, perdemos para uma equipe inferior e dentro da nossa "casa" ou nossa Arena mas isso teria que acontecer um dia, ninguem e invencivel em casa, nem mesmo o Boca Juniors na Bombonera, onde ja perdeu ate para o Payssandu.

Mesmo com a derrota continuamos em uma boa posicao, e certo que poderiamos ter praticamente garantido nossa classificacao hoje porque os adversarios tambem vacilaram, enfim, vida que segue, vejo a Libertadores logo ali.

Para os cornetas, aproveitem esse momento porque nao terao muitas oportunidades de se manifestarem e da-lhe Fogo!