terça-feira, 29 de abril de 2014

No caminho certo para a série B

O que você acha que vai acontecer com o Botafogo nesse Campeonato Brasileiro?

Se me pedissem para responder essa pergunta com sinceridade, eu não hesitaria em dizer que nosso time será rebaixado para a série B.

A boa estréia de Emerson Sheik e a mudança de atitude no segundo tempo do jogo contra o Internacional não me convenceram de que estamos diante de "um novo Botafogo", como defenderam diversos comentaristas.

Posso estar errada, mas não creio que Sheik manterá o nível de seu primeiro jogo.
E, ainda que isso aconteça, os gols originados de erros de Dória, Bolívar e Julio Cesar continuarão acontecendo. Isso significa que, para que vençamos um jogo, teremos de fazer dois ou três gols, visto que certamente levaremos ao menos um.

Em nossos últimos três jogos (San Lorenzo pela Libertadores, São Paulo e Inter pelo Brasileirão) sofremos oito gols. Imaginem então se não tivéssemos Jefferson...

Lodeiro e Jorge Wagner, por outro lado, não apenas são inúteis como chegam a atrapalhar as jogadas do nosso time. 

Some isso aos salários atrasados e ao fato de nosso novo treinador ser também um fraco, e o que temos é um time sem raça, lento, com uma defesa composta por fantasmas e cuja única jogada de ataque é lançar a bola na área e ver o que acontece. 

Sejamos sinceros: aonde esse time vai nos levar?

Se não ocorrer uma mudança de atitude por parte de todo o elenco, se os salários não forem quitados e se não contratarem novos reforços, teremos lugar garantido na série B em 2015.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Rumo a mais uma década perdida

Os botafoguenses que viveram nas décadas de setenta e oitenta viram um clube gigantesco, que tinha sido base da seleção tricampeã do mundo, passar 21 anos sem um título sequer. Não bastasse isso, em 1977 o Botafogo perdeu a histórica sede de General Severiano e teve que se mudar para Marechal Hermes, só recuperando em 1994.

Tempos difíceis e sofridos, enquanto nosso maior rival se consolidava como queridinho da mídia e vencia campeonatos nacionais e internacionais.

A era de ouro da molambada coincidiu com nossas décadas perdidas.

Hoje, se pararmos para analisar, a situação não é muito diferente. Desde 1995, não ganhamos nenhum campeonato além do Carioca. Foram exatamente quatro títulos estaduais (1997, 2006, 2010 e 2013).

Três anos depois de perdermos a final da Copa do Brasil para o Juventude e dois anos após sermos considerados pela FIFA o décimo segundo maior clube do século XX, fomos rebaixados pela primeira vez para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

O que o Botafogo conquistou desde 2000?
Um rebaixamento, três cariocas e uma participação vergonhosa na Libertadores.

Sim, é difícil admitir, mas neste século o Glorioso Botafogo de Futebol e Regatas, berço de diversas lendas do futebol mundial, conquistou muito menos do que o Atlético-PR, por exemplo.
Desde 2000, o Furacão venceu quatro estaduais, um Brasileirão, participou três vezes da Libertadores (em uma delas chegou à final) e ainda foi vice campeão da Copa do Brasil no ano passado. 

Por isso, não tiro a razão de Mauro Cezar Pereira ao afirmar que, fora do Rio de Janeiro, não respeitam o Botafogo como time grande.

É verdade. Nem dentro do Rio de Janeiro respeitam mais. E os números nos fazem perceber que, desde 2000, o Botafogo realmente se comportou como um time pequeno. 
Além de não termos conquistado nenhum título de expressão, a lista de vexames foi grande, com eliminações traumáticas em Copas do Brasil, amareladas sem tamanho nas últimas rodadas do Brasileiro (que nos renderam o apelido de "cavalo paraguaio) e, finalmente, com nossa vexatória desclassificação da Libertadores após 18 anos de ausência e a pior campanha de nossa história no Campeonato Carioca.

Sorte nossa que tivemos grandes jogadores como Nilton Santos, Didi, Garrincha, Jairzinho, Zagallo, dentre outros. Se não fossem eles, o que seria do Botafogo hoje?
É duro admitir, mas algum dia nosso passado glorioso não será mais suficiente para nos garantir a posição de time grande. Temos que fazer algo hoje, agora.

Mas a verdade é que estamos atravessando uma enorme crise. Depois de nossa vergonhosa campanha nessa temporada, muitos jogadores pensam em entrar na justiça por conta dos salários atrasados.
Eu sei, a pergunta "onde está o dinheiro?" não sai da ponta da nossa língua.
Como é possível que, mesmo com as saídas de Oswaldo de Oliveira, Seedorf, Rafael Marques, Elias, Vitinho, Fellype Gabriel, Andrezinho não exista dinheiro capaz de pagar os salários desses jogadores?

Três meses de atraso e eles não têm nem oportunidade de reclamar, porque o Mauricio ditador ameaça uma rescisão de contrato em caso de protesto. 
Que os jogadores são ridículos, sem raça, sem amor à camisa, todos sabemos. Mas sabemos também que ninguém trabalha com o mesmo afinco quando fica três meses sem receber salário. Afinal, eles também são seres humanos e têm contas para pagar, família para sustentar, festinha dos filhos etc.

Vejo o Botafogo caminhar em direção ao fundo do poço. O dentista está escondido em algum lugar bolando sua campanha política.

Já perdemos o Engenhão e estamos na nossa segunda década perdida, pela segunda vez. Espero que a crise não piore a ponto de perdermos novamente General Severiano, porque a gestão atual parece não fazer a menor questão de respeitar a nossa história.

domingo, 13 de abril de 2014

Seis meses no inferno

O inferno começou no dia 23 de outubro do ano passado, quando fomos humilhados pelos molambos nas quartas de final da Copa do Brasil. Um 4 a 0 em que o time sequer esboçou reação, aceitando passivamente sua suposta inferioridade. 
Estava no Maracanã nesse triste dia e, apesar de não ser uma pessoa agressiva, nunca cheguei tão perto de quebrar a cadeira de um estádio. Saí xingada pelos molambos, em um dia que jamais sairá da minha memória.

Jurei que não iria mais ao Maracanã.

Mas é óbvio que, vinte dias depois, lá estava eu, vendo o Botafogo empatar com a Portuguesa e sair da zona de classificação para a Libertadores. 
A diretoria, os jogadores e o treinador puseram a culpa na torcida.

Ainda assim, não desisti.
Deixei de viajar para Fortaleza para assistir nossa vitória contra o Criciúma por 3 a 0 na última rodada do Brasileirão.

Inacreditável! Com a derrota da Ponte Preta na Copa sul-americana, estávamos na Libertadores depois de 18 anos! 
Ingenuamente, acreditei que viriam reforços e que entraríamos na competição como um dos favoritos. A exemplo do Atlético-MG, seríamos campeões após quase duas décadas de ausência.

Mas estava errada. 

A diretoria desmontou o time e nossa fé alvinegra nos fez acreditar que poderíamos chegar longe com um técnico sem experiência alguma e contratações como Airton, Rodrigo Souto, Tanque Ferreyra e Jorge Wagner.

No Carioca, fizemos a pior campanha da nossa história. 
"Mas tudo bem, dane-se o estadual, vamos ganhar a Libertadores." Pensando assim, fiz a minha parte e compareci a todos os jogos da competição.

É claro que conseguimos fazer também na Libertadores a pior campanha da nossa história. Terminamos na lanterna de um grupo formado pelos poderosíssimos Union Española, San Lorenzo e Independiente Del Valle.
Conseguimos cair na fase de grupos na edição mais fraca da competição em muito tempo, mesmo com uma torcida que deu um show para ninguém colocar defeito.

Do dia 23 de outubro de 2013 ao dia 9 de abril de 2014, o torcedor do Botafogo só sofreu.

Quando pensávamos que o inferno havia chegado ao fim, Maurício Omissão revela o nome do nosso técnico "vencedor": Argel Fucks. 
Seus sobrenome nos diz tudo. 
Sua maior conquista foi livrar o Criciúma do rebaixamento para a série B.

É, nada é tão ruim a ponto de não poder piorar.

Provavelmente serão vendidos Dória, Jefferson, Gabriel, Lodeiro e Renato. 
Os três últimos já vão tarde. Aí vocês pensa: Que ótimo, a verba vai ser liberada para a chegada de reforços.

É claro que não!
O dinheiro só entra, nunca sai. 
No clube?
Não! No bolso do dentista.

Arremessar ovos foi pouco. Essa diretoria merece muito, muito mais do que isso.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Mais um vexame

Estamos eliminados da Libertadores.

E não era pouca coisa que estava em jogo hoje no gramado do Nuevo Gasometro. 

Não era apenas nossa classificação, mas o respeito dos jogadores à nossa camisa, a paciência da torcida, a permanência de Eduardo Húngaro e a pequena base de apoio que nosso presidente bandido ainda poderia ter. E, com certeza não menos importante do que qualquer um desses fatores, a nossa chance de dar a volta por cima e jogar na cara dos nossos rivais que somos o único carioca na Libertadores. 
Mas, como sempre, teremos que abaixar a cabeça e ouvir todo tipo de zoação contra nós. 

Sem argumentos. 
Vamos falar o que? Com média de público acima de 40 mil e dois lindos mosaicos, não conseguimos nem chegar às oitavas.

O problema não foi ter perdido hoje, foi ter perdido na semana passada, quando uma simples vitória seria suficiente para garantir o primeiro lugar do grupo.
No entanto, nada justifica a total apatia do nosso time, que simplesmente assistiu o San Lorenzo fazer três gols. Ainda tivemos sorte, já que o placar justo seria 5 a 0 para eles.

O Botafogo, por outro lado, não teve uma chance clara de gol durante todo o jogo. Foram raros os lances em que conseguimos entrar na área adversária, e em todos eles perdemos a bola de forma inacreditável.

O time é fraquíssimo, o técnico é inexistente e o presidente é omisso. 
Muita coisa tem que mudar para que o Botafogo volte, de fato, a ser um gigante.

Fizemos a nossa parte!

 Deportivo Quito, San Lorenzo, Independiente del Valle e Unión Española. 

EU fui a todos os jogos, e você? 
Sei que fiz a minha parte e, se realmente passarmos hoje de fase, continuarei apoiando o time. 

Da torcida ninguém pode reclamar. Cada um fez o esforço que pôde para comparecer. Kio, por exemplo, veio de Chicago para os jogos contra o Deportivo e o Independiente.

Espero realmente que consigamos passar hoje para as oitavas. Creio que um empate será suficiente, uma vez que dificilmente o Independiente vencerá por dois gols de difereça fora de casa.
Mas é claro que o time não pode entrar em campo pensando no empate. Temos que vencer. Até porque, se passarmos de fase com a pior campanha, provavelmente pegaremos o Velez nas oitavas. Pedreira!!!

Sabemos das limitações do time e do nosso treinador, que ficaram nítidas após a entrada de Renato (lembrando que o cara ganha 380 mil!!!) aos 43 do segundo tempo no último jogo. 
Certamente eu, você e toda a torcida do Botafogo entende mais de futebol do que Eduardo Húngaro.
Mas, infelizmente, são esses jogadores e esse técnico que temos. Se vencermos a Libertadores, será dessa forma. 

E quem disse que não está escrito?

A torcida fez muito por esse time. Mas sabemos que, no futebol, nem sempre esse amor é correspondido em campo. No último jogo, 43 mil alvinegros fizeram um mosaico lindo abraçando plenamente o time com as palavras "somos um só", mas perdemos o jogo e o primeiro lugar do grupo.

Se não formos às oitavas, seria bom que perguntassem ao Seedorf de quem é a culpa, já que da torcida não pode ser.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

SE nao fosse o SE

Nao, nao foi um pesadelo, perdemos a chance de nos classificarmos com uma rodada de antecedência e em primeiro lugar.

O time jogou mal?

Nem tanto, partimos para cima, pressionamos mas, como temos um time e um técnico limitados, nao foi possível mudar o panorama da partida devido exatamente a essas limitações.

Mas o futebol e assim mesmo, chavões a parte, quem nao faz, leva.

E ainda, para piorar, fomos extremamente prejudicados em dois lances capitais.

Um impedimento inexistente assinalado quando teríamos chances reais de abrirmos o placar no primeiro tempo e o penalti no segundo tempo em que o arbitro deveria na verdade mostrar o cartão amarelo para o atacante do Union Espanhola.

Hoje o que se le na imprensa e nos comentários dos torcedores e que o time e fraco, nao tem banco, etc.

Mas SE tivéssemos feito um golzinho sequer e SE o arbitro nao tivesse errado no lance do penalti estaríamos comemorando a classificação adiantada em primeiro lugar.

Temos que lembrar que nem tudo esta perdido, eu sei que o jogo final na Argentina vai ser pedreira mas temos que nos agarrar nessa chance ínfima e, mais um chavão, colocar o coração no bico da chuteira.

Mesmo com uma diretoria corrupta e incompetente, mesmo com o atraso nos salarios, mesmo com um time limitado, mesmo com um técnico inexperiente, eu acredito.

Afinal sou Botafoguense.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Rumo às oitavas

É amanhã!

Estamos a uma vitória não só da classificação, mas do primeiro lugar do grupo. Para quem não acreditava no Botafogo, isso parecia extremamente improvável.

Mas a verdade é que, se vencermos a Unión Española amanhã, provavelmente seremos o primeiro brasileiro matematicamente classificado para as oitavas. Enquanto isso, tanto Cruzeiro como Flamengo podem dar adeus à Libertadores também com uma rodada de antecedência.

Calemos a flapress! Amanhã vamos lotar o Maracanã, garantir o primeiro lugar e, é claro, secar os molambos depois.