segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Uma estrela brilhará


Essa foto foi tirada ontem, no topo da Pedra da Gávea, duas horas antes do início da partida contra o Fluminense.

A pessoa que está segurando nossa sagrada bandeira sou eu, mas poderia ser qualquer outro botafoguense - e exatamente por isso resolvi tirar a foto de costas.


Quero que você, torcedor do Botafogo, consiga, ao menos neste momento, enxergar as coisas sob essa perspectiva. 
Imagine-se segurando essa bandeira no topo da Pedra da Gávea, admirando o visual da cidade mais linda do mundo. 

Acima de tudo e de todos.

Só você e seu eterno amor pelo Botafogo.

Mentalize. Ontem eu mentalizei e nossos reservas venceram por 3 a 0 o time titular do Fluminense, placar merecidíssimo.


Só o que estou pedindo, no fim das contas, é para você acreditar no Botafogo. Deixe toda a raiva, o medo, as angústias e os traumas anteriores e focalize no hoje e no agora.


Estamos na Libertadores, finalmente. Sonhe, acredite, apoie incondicionalmente!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Recordar é viver - o Glorioso Campeonato Carioca de 1910

Poucos alvinegros sabem o momento exato em que o Botafogo recebeu o apelido de "Glorioso".

Pois bem, foi no ano de 1910, durante o Campeonato Carioca. Com uma campanha espetacular, o Botafogo Football Club - que, 32 anos depois, fundiu-se com o Clube de Regatas Botafogo e deu origem a nosso querido Botafogo de Futebol e Regatas (para mais detalhes, ver meu post de julho do ano passado: http://realfogo.blogspot.com.br/2013/07/recordar-e-viver-fusao-de-1942.html) - sagrou-se campeão com uma rodada de antecipação, um ano depois de aplicar a maior goleada da história do futebol brasileiro.

24 a 0 sobre o Mangueira, Campeonato Carioca de 1909, no estádio da Voluntários da Pátria.

Infelizmente, o Botafogo estreou no Carioca de 1910 com uma derrota de 4x1 para o América. Depois disso, no entanto, o Glorioso não perdeu mais nenhum jogo, vencendo treze e empatando apenas dois. 
Nossa sequencia de vitórias incontestáveis em 1910 inspirou Lamartine Babo que, ao compor nosso hino, pôs o verso "não podes perder, perder para ninguém".

E quantas goleadas!

15 a 1 sobre o Riachuelo, 11 a 0 sobre o Haddock Lobo, 7 a 0 sobre o Rio Cricket e 6 a 1 sobre o Fluminense foram apenas algumas delas. 

O prestígio foi tanto que, nesse período, grande parte das cartas que chegavam à administração do clube iniciavam-se da seguinte forma: "Ao Glorioso Botafogo F.C.". 
Foi nesse período que surgiu esse apelido que, frequentemente escrito em cima do nosso escudo, parece fazer nossa estrela solitária brilhar ainda mais.

Segundo a revista Ilustração Esportiva: "O Glorioso clube alvinegro apresentou-se com uma formidável equipe em que não havia falhas, quer na defesa, quer no ataque."

De uma coisa tenho certeza: de tantos times no mundo, pouquíssimos poderiam ser apelidados de "Glorioso". Não sei se por sorte ou por destino, mas o Botafogo conseguiu fazer jus a esse belo apelido, criando craques que entraram para a história do futebol mundial, sendo o clube que mais cedeu jogadores à seleção no século XX e construindo uma das mais belas histórias que um clube de futebol pode ter.

Podem ter certeza de que nenhum clube no mundo teve tantos craques e tantas histórias como o Glorioso Botafogo - que, já em 1910, mostrava ao mundo sua grandeza e tradição no futebol.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Cadê o dinheiro?

Ano passado, antes mesmo de o Campeonato Brasileiro chegar à sua metade, perdemos jogadores importantes como Vitinho, Fellype Gabriel e Andrezinho. 
Nenhum reforço à altura foi contratado para suas funções e, por sorte, conseguimos uma vaga na Libertadores jogando com um time que, em muitas partidas, chegou a ser mais do que 50% composto por jogadores inexperientes da base, os quais mostravam-se frequentemente nervosos e afobados em campo.

No final do ano passado e no início deste ano, apesar da vaga conquistada na Libertadores, competição que não disputávamos havia exatos 18 anos, saíram por nossa porta Oswaldo de Oliveira, Seedorf, Rafael Marques, Bruno Mendes, Lucas Zen, Gilberto e Elias.
Só em nosso ex-treinador, a economia foi de 400 mil reais por mês de salário, já que Húngaro ganha apenas 50 mil contra os 450 mil que Oswaldo recebia.
Além disso, as vendas de Seedorf e Rafael Marques representaram, só em termos de salário, uma economia de quase um milhão de reais (700 mil do primeiro e 220 mil do segundo).
A saída de Elias para um clube chinês provavelmente rendeu também muito dinheiro ao clube. Não achei em nenhum lugar o valor pelo qual o atacante foi vendido, mas acredito que apenas uma oferta milionária poderia tirá-lo daqui no início de uma Libertadores, tendo ele acabado de renovar seu contrato com o clube.

Se somarmos todo esse dinheiro economizado nos salários mais o da compra dos jogadores e adicionarmos ainda a quantia recebida pela Guaraviton e pela Telexfree, a conta vai dar bastante alta. Principalmente porque, com seus nomes expostos em uma competição de nível internacional, ambas as marcas tendem a aumentar o valor de seu patrocínio.

O que percebo, no entanto, é que todo esse dinheiro não tem sido usado na compra de reforços realmente significativos, mas em meras apostas
Trata-se de comprar jogadores mais baratos, que ficaram muito tempo esquecidos fora do Brasil, mas já fizeram sucesso algum dia em um time brasileiro. É o exemplo do Wallyson. Por enquanto, essa é uma aposta que tem dado certo, mas não podemos negar o risco que corremos ao construir um elenco para a Libertadores baseado unicamente em apostas.
Jorge Wagner também é uma aposta, porque não sabíamos se a idade o permitiria jogar um bom futebol.
Os estrangeiros, por outro lado, têm sido apostas interessantes. Bollati, Ferreyra e agora Zeballos são jogadores não muito caros, mas também não inexperientes, que podem ser muito úteis em uma competição como Libertadores.

Porém, a questão principal é que nosso elenco continua fraco. Conseguimos, por sorte, montar um bom time para jogar a Libertadores. Mas a verdade é que não temos jogadores substitutos à altura; nosso time B é muito fraco. 
Nesse sentido, fica o questionamento sobre a venda de tantos jogadores. Mesmo com a chegada de Zeballos, Elias não seria ainda um ótimo banco? Ou será que essa diretoria não percebe que na Libertadores também se leva cartão amarelo, suspensão ou um chute na canela?

Além de não termos contratado nenhum reforço significativo, tenho sempre a sensação de estar saindo mais gente do que entra, em um momento em que deveria acontecer exatamente o oposto. 
A pergunta que não me sai da cabeça é simples: para onde foi todo esse dinheiro?

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O gigante voltou - e não está de brincadeira!

No início do jogo contra o Deportivo Quito, o excesso de chutões e a visível falta de entrosamento dos jogadores me fizeram pensar que, mesmo que o Botafogo conseguisse a vaga na Libertadores, estaria em um nível muito abaixo da maior parte dos times que disputam esse campeonato em 2014.
A goleada por 4x0 pouco significou diante de um adversário tão fraco, que sequer chegava ao nível dos últimos lanternas que disputaram a série A do Campeonato Brasileiro.

Ontem foi diferente.
Jogamos melhor, apesar de o San Lorenzo ser bastante superior ao Deportivo Quito. Não significa, no entanto, que seja um Barcelona. E, se foi campeão argentino, pode-se constatar que essa Libertadores não deve ter muitos times realmente bons, além dos brasileiros.

Mais do que entrosado - com uma longa troca de passes que resultou em "olé" no fim da partida -, o Botafogo entrou nessa Libertadores com um espírito diferente do que estamos acostumados a ver. 
Longe do visível complexo de inferioridade que marcou jogos traumáticos, como nossa vexatória eliminação da Copa do Brasil no ano passado, entramos na Libertadores 2014 com a cabeça erguida e dispostos a dar a vida por esse título.

Unidos! 

A torcida, nos dois jogos, certamente fez nossos adversários enxergaram o novo Maracanã como um grande caldeirão à altura da Bombonera. 
Muitas vezes, não basta a torcida estar presente. Mas é inegável que 32 mil pessoas cantando, pulando e fazendo festa durante 90 minutos podem desestabilizar qualquer adversário.

O time e a torcida nunca estiveram tão unidos.
E talvez ainda estivessem em guerra se Seedorf não tivesse se mandado para o Milan, já que muitas vezes, ao invés de se unir a nós, ele nos criticou. 

Mas vamos falar do que realmente importa...

O Botafogo parece ter entendido o espírito da Libertadores, apesar dos 18 anos de ausência. 
O que vi, principalmente ontem, foi um time jogando com raça, vontade e esperteza. Todos estão de parabéns, com destaque para Edílson, Bolívar e Wallyson. 
Sou totalmente a favor da formação de Húngaro, com Tanque e Wallyson no ataque. Enquanto um engana, o outro se aproxima perigosamente, como bem ressaltou nosso treinador.

O Botafogo jogou em clima de guerra, como deve ser tratado qualquer jogo da Libertadores, e soube fazer catimba no fim e aproveitar os espaços deixados pelo San Lorenzo.

Conseguimos mostrar a todos que o gigante voltou e não está de brincadeira.
A classificação para as oitavas está encaminhada e, se continuarmos assim, teremos grande chance de chegar muito longe nessa Libertadores.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O jogo da libertação

Com mais de 50 mil ingressos vendidos, a nossa torcida fará hoje uma das maiores festas deste século, para ninguém botar defeito.

Nenhum resultado negativo poderá ser atribuído à nossa ausência.

Dada a limitação e a falta de entrosamento do elenco, tal como ficou claro no lento e sonolento jogo de quarta-feira passada, não é impossível que vivenciemos hoje um dos maiores vexames da nossa história. 
Mesmo com 2 a 0 de vantagem, teremos de sofrer até o fim para não levarmos um gol. Só uma goleada nos deixa tranquilos. Mas sabemos que, se não for sofrido, não é o Botafogo.

Espero que o time entre em campo com uma mentalidade vitoriosa e demonstre ao menos um grande empenho em golear nosso fraquíssimo adversário.

Com tantas saídas sem reposições à altura, o esforço terá de ser maior. Mas entendo o jogo de hoje como um exercício de crescimento, entrosamento e fortalecimento do nosso time.

Jogar bem hoje é fundamental.

Estou saindo de casa. Que as estrelas nos mostrem o caminho certo!