quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Sonho ou realidade: Botafogo mantém ascensão e mais uma vez cala os críticos

Não caros botafoguenses, não é mais um sonho, estamos na fase de grupos da Libertadores.

O que significa mais do que ter ficado em quinto lugar no Brasileirão passado porque tivemos que derrubar 2 gigantes em 2 semanas no começo da temporada.


E como não poderia ser diferente com doses de sofrimento, tensão e fé mas também com muita competência, dedicação e confiança, sem as quais o objetivo tornar-se-ia talvez inatingível.

E, com isso, mais uma vez faz-se a pergunta: porque que tem que ser assim?

Porque é nossa sina, somos heróis a cada jogo, não tem sentido o Botafogo existir sem isso.

"Porque (assim) é mais gostoso"

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O último desafio dos primeiros

Hoje temos uma pedreira pela frente: o Olimpia, do Paraguai, no estádio Defensores del Chaco com mais de 30 mil ingressos vendidos.

A parte boa é que o 1x0 de ida nos garante a vantagem do empate ou da vitória com gols. Se fizermos um, eles terão que fazer três.
A parte ruim é que Montillo não vai jogar, nosso departamento físico tem se revelado uma verdadeira piada - por mais que se repita que a culpa é da sequencia de jogos, sabemos da verdade - e provavelmente entraremos em campo com apenas um atacante.

O Botafogo tem duas deficiências sérias no ataque. Faltam:
- Um jogador de velocidade, como Neilton (quem diria que ele faria falta!) ou Vitinho (será que um dia ele volta?)
- Um centroavante sério a la Loco Abreu em seus tempos áureos, que saiba se posicionar na área e subir mais alto que os zagueiros adversários

No meio campo, a maior deficiência é a ausência de um meia armador de grande qualidade, uma vez que Montillo - aposta da diretoria para grande craque da temporada - não mostrou ainda a que veio e Camilo tem demonstrado cada vez mais que é apenas um jogador mediano que teve uma boa fase.

Se não temos grandes armadores de jogada, a conexão do meio campo com o ataque se encontra seriamente comprometida. 
No segundo jogo contra o Colo Colo, é verdade que dominamos o jogo; no entanto, esse domínio foi muito mais decorrente da inexpressividade deles em seu próprio estádio do que de jogadas do nosso time. Tivemos lances de gol, mas quem viu o jogo deve ter percebido que o Botafogo com três volantes e um atacante não funciona.

Simples: Apostar na retranca sem um jogador de velocidade, um matador na frente ou alguém capaz de fazer lançamentos geniais significa simplesmente que não seremos capazes de armar contra-ataques. Assim, o principal objetivo da retranca (defender-se bem e aproveitar-se da exposição alheia com jogadas rápidas) se vê seriamente comprometido.

É uma contradição em seus próprios termos.

Já na metade do segundo tempo no Chile, quando Jair apostou em três atacantes, ao menos ficamos mais ofensivos e mais eficientes. Num eventual contra-ataque, a bola chegava em alguém ao invés de se perder no meio do caminho. 

Se eu fosse treinadora do Botafogo, entraria hoje com três atacantes e faria logo um gol, para apenas depois optar por uma eventual "retranca". Afinal, não dá pra contar que Camilo acertará um lançamento e, simultaneamente, Pimpão se posicionará de forma correta e acertará o gol, tendo em vista que ambos ocorrem com uma frequência não mais do que moderada.

Não se trata de não acreditar no time. Não é necessário ter o melhor time das Américas para vencer a Libertadores. É necessário ter inteligência para perceber nossos pontos fracos e fortes.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Descanse em paz, Diego

Era para ser um post sobre a Libertadores, mas vai ficar para outro dia.

O que aconteceu ontem no nosso estádio não pode se repetir. 


O botafoguense Diego Silva dos Santos, de 28 anos, foi mais uma vítima da violência no futebol. Marginais da torcida do flamengo, aproveitando-se da falta de policiamento para o clássico, chegaram com o intuito de matar. Não são torcedores, mas vândalos, estrupícios, seres que não merecem estar entre nós e que jamais compreenderão o que é espírito esportivo.


O pior é saber que Diego não foi o primeiro e nem será o último, pois os mais terríveis monstros habitam as torcidas organizadas do Brasil.


Como se não bastasse, no total foram 8 torcedores feridos e diversas cadeiras vandalizadas no setor sul.


O Botafogo bem quis cancelar o jogo por falta de policiamento, mas o presidente do rival afirmou que tudo não passava de um falso alarde e que tudo ocorreria bem. Enquanto isso, tiros eram ouvidos no entorno do estádio Nilton Santos e os marginais invadiam a entrada dos setores alvinegros com um único objetivo: matar, ferir, agredir. 


Depois da vitória, o time do Mal ainda teve coragem de publicar uma zoação ao Botafogo em seu site oficial, ignorando completamente todo o ocorrido, o torcedor que perdeu a vida e outros que estão hospitalizados. Custava publicar uma nota de pesar e deixar a zoação para depois?


Se todos odeiam eles, não é porque têm "a maior torcida", como dizem, mas porque são todos marginais em maior ou menor grau, incapazes de se sensibilizar com a tragédia alheia. Tal como torcidas organizadas que chegam para matar, a diretoria do clube do urubu parece não apenas passar a mão na sua cabeça, mas também colocar uma vitória no futebol acima da vida e da morte.