quinta-feira, 17 de maio de 2018

Feliz dia do Botafogo!

Ontem, o maior ídolo da nossa história completaria 93 anos.

Aquele que foi bicampeão pela seleção brasileira, levando as copas de 1958 e 1962, e conquistou quatro campeonatos cariocas (1948, 1957, 1961 e 1962) e duas taças Rio - São Paulo (1962 e 1964).

Também aquele que, em 2000, foi eleito pela Fifa o maior lateral esquerdo de todos os tempos. 

O jogador que levou o apelido de "Enciclopédia do Futebol" e revolucionou a função de um lateral, ao subir para o ataque e marcar um gol contra a Áustria, em 1958, quando os laterais eram basicamente zagueiros de ponta. 

O grande responsável pela contratação do segundo maior ídolo da história do Botafogo - aquele que dava dribles desconcertantes com as pernas tortas.

E certamente o que mais vestiu a camisa do Glorioso, com 723 jogos em 16 anos, não tendo jamais vestido a camisa de qualquer outro clube.

Na entrada de sua casa, havia uma placa onde se lia: "Seja bem vindo, mas não fale mal do Botafogo".

Em General Severiano, uma frase sua: "O futebol é a brincadeira mas séria que existe. Só vence quem pensa assim."

De vitórias entendia muito bem, já que nunca perdeu uma final.

Ninguém merecia mais do que ele dar nome ao nosso estádio. 

Não à toa, o dia 16 de maio foi escolhido para ser o dia do Botafogo.

E, merecidamente, é seu rosto que aparece na bandeira da foto oficial do título Carioca, tirada ontem, dia 16/05/18, cuja soma dos números é 21.

Obrigada, Nilton Santos.

terça-feira, 1 de maio de 2018

A justiça tarda mas não falha

Os bons ventos da mudança enfim chegaram a General Severiano.

Não sabemos ao certo como ou quando isso aconteceu, nem se o espírito de Biriba entrou em campo para reverter o pessimismo enraizado desde que Carlito Rocha dava nós nas cortinas para que as tais coisas que só acontecem ao Botafogo não passassem de meras assombrações da madrugada, mas o fato é que a sorte está a nosso favor.

Apesar da onda geral de otimismo que, às pressas, se instaurou no clube, não se fala sobre sorte.

Isto porque a tradicional superstição alvinegra decretou, em pacto silencioso, que falar sobre sorte causa má sorte.

Não poderia dizer que acho isso uma grande besteira, muito menos que não me atreveria a apagar este post caso a situação subitamente se revertesse.

Mas também não posso fingir que não existe nada. 

Existe alguma coisa. 

Ainda que não saibamos o que, nem como, nem por quanto tempo, o fato é que já não somos os mesmos desde que Carli estufou as redes aos 49 minutos do segundo tempo naquele domingo, dia 8 de abril, fato que culminou na conquista do nosso 21º título carioca. 

E lá estava ele outra vez, o número 21, como um divisor de águas para alimentar nossa superstição.

Três rodadas do Brasileirão até agora, e em duas delas, chegamos ao gol nos acréscimos - em que pese o fato de que o último deles foi resultado de um momento sublime, para não dizer único, de inspiração do nosso lateral-esquerdo. Depois disso, nem minha ausência de crenças religiosas será um impeditivo à desconfiança de que os craques do passado estão olhando por nós, ou mesmo saindo das paredes do túnel do tempo e dando umas voltinhas por General Severiano.

Para quem viu o Botafogo conquistar, com ampla vantagem, o título de mais azarado da década, parece estranho perceber que os ventos andam mudando de direção. 

Isso porque poderíamos até mesmo ter sido campeões brasileiros em 2013, não fossem todos os gols que tomamos nos acréscimos e todas as incontáveis bolas que chutamos na trave. Para não falar sobre outros campeonatos ou outros anos...

A justiça tarda mas não falha. 

Os próximos capítulos, os deixaremos nas mãos dos Deuses do Futebol - nestes, sim, eu acredito.