domingo, 13 de abril de 2014

Seis meses no inferno

O inferno começou no dia 23 de outubro do ano passado, quando fomos humilhados pelos molambos nas quartas de final da Copa do Brasil. Um 4 a 0 em que o time sequer esboçou reação, aceitando passivamente sua suposta inferioridade. 
Estava no Maracanã nesse triste dia e, apesar de não ser uma pessoa agressiva, nunca cheguei tão perto de quebrar a cadeira de um estádio. Saí xingada pelos molambos, em um dia que jamais sairá da minha memória.

Jurei que não iria mais ao Maracanã.

Mas é óbvio que, vinte dias depois, lá estava eu, vendo o Botafogo empatar com a Portuguesa e sair da zona de classificação para a Libertadores. 
A diretoria, os jogadores e o treinador puseram a culpa na torcida.

Ainda assim, não desisti.
Deixei de viajar para Fortaleza para assistir nossa vitória contra o Criciúma por 3 a 0 na última rodada do Brasileirão.

Inacreditável! Com a derrota da Ponte Preta na Copa sul-americana, estávamos na Libertadores depois de 18 anos! 
Ingenuamente, acreditei que viriam reforços e que entraríamos na competição como um dos favoritos. A exemplo do Atlético-MG, seríamos campeões após quase duas décadas de ausência.

Mas estava errada. 

A diretoria desmontou o time e nossa fé alvinegra nos fez acreditar que poderíamos chegar longe com um técnico sem experiência alguma e contratações como Airton, Rodrigo Souto, Tanque Ferreyra e Jorge Wagner.

No Carioca, fizemos a pior campanha da nossa história. 
"Mas tudo bem, dane-se o estadual, vamos ganhar a Libertadores." Pensando assim, fiz a minha parte e compareci a todos os jogos da competição.

É claro que conseguimos fazer também na Libertadores a pior campanha da nossa história. Terminamos na lanterna de um grupo formado pelos poderosíssimos Union Española, San Lorenzo e Independiente Del Valle.
Conseguimos cair na fase de grupos na edição mais fraca da competição em muito tempo, mesmo com uma torcida que deu um show para ninguém colocar defeito.

Do dia 23 de outubro de 2013 ao dia 9 de abril de 2014, o torcedor do Botafogo só sofreu.

Quando pensávamos que o inferno havia chegado ao fim, Maurício Omissão revela o nome do nosso técnico "vencedor": Argel Fucks. 
Seus sobrenome nos diz tudo. 
Sua maior conquista foi livrar o Criciúma do rebaixamento para a série B.

É, nada é tão ruim a ponto de não poder piorar.

Provavelmente serão vendidos Dória, Jefferson, Gabriel, Lodeiro e Renato. 
Os três últimos já vão tarde. Aí vocês pensa: Que ótimo, a verba vai ser liberada para a chegada de reforços.

É claro que não!
O dinheiro só entra, nunca sai. 
No clube?
Não! No bolso do dentista.

Arremessar ovos foi pouco. Essa diretoria merece muito, muito mais do que isso.

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