A administração afirma que o clube "pouco investe", o que, de fato, não podemos verificar precisamente (dado o nível de detalhamento dos balanços patrimoniais disponíveis no clube). Afirma que, com essa restrição de recursos, conseguiu montar um time competitivo para 2012, incluindo aí jogadores da base. A imprensa vê com bons olhos as ações de marketing do clube.
Tenho muitas dúvidas a respeito de todos os pontos levantados acima. As grandiosas e maravilhosas ações de marketing do clube envolvem: mensagens irritantes no facebook, em geral culpando os juízes pela derrota do Botafogo; um dirigível; um site melhor que os anteriores, mas ainda muito ruim; e, finalmente, a contratação do Seedorf. Nem preciso dizer o que realmente foi eficaz.
Já o "investimento" a que se referem aqueles que defendem a gestão atual não passa do somatório dos salários pagos aos jogadores. Essa não é a questão relevante. O que é deveras relevante é: quanto, de cada milhão de reais extra investido no futebol profissional, tem sido convertido em resultados?
É verdade que, nos últimos anos, não tenhamos mais sido assombrados por criaturas como Alessandro, Reinaldo, Victor Simões. Por outro lado, já investimos menos e conseguimos melhores resultados (e, acabo de me lembrar, também fomos assombrados por Caio Jr., Alexandre Oliveira, Rafael Marques, etc.).
O que me parece é que os gastos, que vêm aumentando muito, pouco têm-se correlacionado com títulos, ou melhores posições no campeonato brasileiro.
Dizem que é uma questão de tempo. A dívida do Botafogo também aumenta com o tempo -- exponencialmente, por sinal. É bom que os resultados venham, ou essa estratégia que a administração escolheu pode nos levar a maus lençóis.
TOQUEM AS CORNETAS!
- O destaque positivo de 2012, ao que tudo indica, foi a novela "Avenida Brasil". Já o destaque negativo foi a nossa novela particular, chamada "Avenida Márcio Azevedo", pela qual os adversários trafegavam livremente, e por onde surgiu, desconfio, a maior parte dos nossos gols sofridos.
- Temos uma defesa fraquíssima: Antonio Carlos, Fábio Ferreira e Brinner são horrorosos e não teriam lugar em nenhum time da primeira divisão
- Temos um técnico ruim, e concordo com a avaliação majoritária da imprensa a seu respeito. Dizem que ele teve, como ponto negativo, a falta de títulos, e, como ponto positivo, o uso de jogadores da base. Razoável.
- Meu balanço sobre o desempenho do Oswaldo:
- Treinou mal a defesa, vide último jogo contra o Flamengo. Tomamos dois gols absurdos e derivados de falhas idênticas dos zagueiros. Uma defesa ruim e, ainda por cima, mal treinada, não pode dar bons resultados;
- Tem feito um bom trabalho no treinamento do meio de campo, mas nossos jogadores do setor parecem tímidos na hora de aparecer para concluir. Isso é imprescindível no esquema tático que ele escolheu;
- Temos bons batedores de falta e um mau aproveitamento nesse quesito;
- Usou jogadores da base, que se mostraram maduros e podem dar retorno financeiro
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