quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O gigante voltou - e não está de brincadeira!

No início do jogo contra o Deportivo Quito, o excesso de chutões e a visível falta de entrosamento dos jogadores me fizeram pensar que, mesmo que o Botafogo conseguisse a vaga na Libertadores, estaria em um nível muito abaixo da maior parte dos times que disputam esse campeonato em 2014.
A goleada por 4x0 pouco significou diante de um adversário tão fraco, que sequer chegava ao nível dos últimos lanternas que disputaram a série A do Campeonato Brasileiro.

Ontem foi diferente.
Jogamos melhor, apesar de o San Lorenzo ser bastante superior ao Deportivo Quito. Não significa, no entanto, que seja um Barcelona. E, se foi campeão argentino, pode-se constatar que essa Libertadores não deve ter muitos times realmente bons, além dos brasileiros.

Mais do que entrosado - com uma longa troca de passes que resultou em "olé" no fim da partida -, o Botafogo entrou nessa Libertadores com um espírito diferente do que estamos acostumados a ver. 
Longe do visível complexo de inferioridade que marcou jogos traumáticos, como nossa vexatória eliminação da Copa do Brasil no ano passado, entramos na Libertadores 2014 com a cabeça erguida e dispostos a dar a vida por esse título.

Unidos! 

A torcida, nos dois jogos, certamente fez nossos adversários enxergaram o novo Maracanã como um grande caldeirão à altura da Bombonera. 
Muitas vezes, não basta a torcida estar presente. Mas é inegável que 32 mil pessoas cantando, pulando e fazendo festa durante 90 minutos podem desestabilizar qualquer adversário.

O time e a torcida nunca estiveram tão unidos.
E talvez ainda estivessem em guerra se Seedorf não tivesse se mandado para o Milan, já que muitas vezes, ao invés de se unir a nós, ele nos criticou. 

Mas vamos falar do que realmente importa...

O Botafogo parece ter entendido o espírito da Libertadores, apesar dos 18 anos de ausência. 
O que vi, principalmente ontem, foi um time jogando com raça, vontade e esperteza. Todos estão de parabéns, com destaque para Edílson, Bolívar e Wallyson. 
Sou totalmente a favor da formação de Húngaro, com Tanque e Wallyson no ataque. Enquanto um engana, o outro se aproxima perigosamente, como bem ressaltou nosso treinador.

O Botafogo jogou em clima de guerra, como deve ser tratado qualquer jogo da Libertadores, e soube fazer catimba no fim e aproveitar os espaços deixados pelo San Lorenzo.

Conseguimos mostrar a todos que o gigante voltou e não está de brincadeira.
A classificação para as oitavas está encaminhada e, se continuarmos assim, teremos grande chance de chegar muito longe nessa Libertadores.

Um comentário:

Kio disse...

18 anos incubado da nisso... Os adversarios estao tremendo. O Botafogo nao esta de brincadeira nessa Libertadores. Ano passado nao ganhamos nada importante mas desse ano nao passa.