domingo, 16 de fevereiro de 2014

Cadê o dinheiro?

Ano passado, antes mesmo de o Campeonato Brasileiro chegar à sua metade, perdemos jogadores importantes como Vitinho, Fellype Gabriel e Andrezinho. 
Nenhum reforço à altura foi contratado para suas funções e, por sorte, conseguimos uma vaga na Libertadores jogando com um time que, em muitas partidas, chegou a ser mais do que 50% composto por jogadores inexperientes da base, os quais mostravam-se frequentemente nervosos e afobados em campo.

No final do ano passado e no início deste ano, apesar da vaga conquistada na Libertadores, competição que não disputávamos havia exatos 18 anos, saíram por nossa porta Oswaldo de Oliveira, Seedorf, Rafael Marques, Bruno Mendes, Lucas Zen, Gilberto e Elias.
Só em nosso ex-treinador, a economia foi de 400 mil reais por mês de salário, já que Húngaro ganha apenas 50 mil contra os 450 mil que Oswaldo recebia.
Além disso, as vendas de Seedorf e Rafael Marques representaram, só em termos de salário, uma economia de quase um milhão de reais (700 mil do primeiro e 220 mil do segundo).
A saída de Elias para um clube chinês provavelmente rendeu também muito dinheiro ao clube. Não achei em nenhum lugar o valor pelo qual o atacante foi vendido, mas acredito que apenas uma oferta milionária poderia tirá-lo daqui no início de uma Libertadores, tendo ele acabado de renovar seu contrato com o clube.

Se somarmos todo esse dinheiro economizado nos salários mais o da compra dos jogadores e adicionarmos ainda a quantia recebida pela Guaraviton e pela Telexfree, a conta vai dar bastante alta. Principalmente porque, com seus nomes expostos em uma competição de nível internacional, ambas as marcas tendem a aumentar o valor de seu patrocínio.

O que percebo, no entanto, é que todo esse dinheiro não tem sido usado na compra de reforços realmente significativos, mas em meras apostas
Trata-se de comprar jogadores mais baratos, que ficaram muito tempo esquecidos fora do Brasil, mas já fizeram sucesso algum dia em um time brasileiro. É o exemplo do Wallyson. Por enquanto, essa é uma aposta que tem dado certo, mas não podemos negar o risco que corremos ao construir um elenco para a Libertadores baseado unicamente em apostas.
Jorge Wagner também é uma aposta, porque não sabíamos se a idade o permitiria jogar um bom futebol.
Os estrangeiros, por outro lado, têm sido apostas interessantes. Bollati, Ferreyra e agora Zeballos são jogadores não muito caros, mas também não inexperientes, que podem ser muito úteis em uma competição como Libertadores.

Porém, a questão principal é que nosso elenco continua fraco. Conseguimos, por sorte, montar um bom time para jogar a Libertadores. Mas a verdade é que não temos jogadores substitutos à altura; nosso time B é muito fraco. 
Nesse sentido, fica o questionamento sobre a venda de tantos jogadores. Mesmo com a chegada de Zeballos, Elias não seria ainda um ótimo banco? Ou será que essa diretoria não percebe que na Libertadores também se leva cartão amarelo, suspensão ou um chute na canela?

Além de não termos contratado nenhum reforço significativo, tenho sempre a sensação de estar saindo mais gente do que entra, em um momento em que deveria acontecer exatamente o oposto. 
A pergunta que não me sai da cabeça é simples: para onde foi todo esse dinheiro?

Um comentário:

Anônimo disse...

A resposta é muito simples. O dinheiro está sendo usado na campanha do dentista a um cargo público, provavelmente de deputado. Precisamos de uma auditoria confiavel sob pena de ver a divida do Botafogo chegar a um patamar que tornará a próxima administração inviável.