quinta-feira, 17 de julho de 2014

De volta à dura realidade pós-Copa

Acabou a Copa do Mundo de 2014, a "Copa das Copas".

Estou muito triste porque adoro Copa do Mundo, mas feliz porque não quero mais ter que ficar pensando no vexame que sofremos na semifinal contra a Alemanha. Doeu de verdade.

E eu que pensava que a Copa do Mundo me faria esquecer os últimos traumas do nosso Botafogo, como a eliminação precoce da Libertadores, a pior campanha no Campeonato Carioca da nossa história e nosso ridículo adeus à Copa do Brasil de 2013. 

Que nada, o sofrimento não tem fim. Como diz a lei de murphy, nada é tão ruim que não possa piorar.

Agora não preciso mais pensar na maior goleada que a seleção brasileira já sofreu em Copas do Mundo, mas não posso ignorar o fato de que o reforço mais significativo que arrumamos durante a Copa foi um tal de Yuri Mamute.

Eu sou do tempo em que Hulk jamais vestiria a camisa do Brasil e Jorge Wagner e Carlos Alberto não seriam, de forma alguma, considerados boas contratações para o Botafogo.

Quer dizer, na verdade eu sou desse tempo sim. Mas, futebolisticamente falando, sinto que nasci décadas antes. É como se eu tivesse visto Garrincha, Nilton Santos e Pelé jogarem juntos na seleção; é como se eu tivesse presenciado Jairzinho ser artilheiro da Copa de 70.

Talvez porque, mais do que não ver beleza no atual futebol praticado no Brasil, eu simplesmente não concordo com ele.
Não, eu não posso ser do tempo em que o Botafogo é alvo constante de piadas e o Brasil leva 7 gols em uma partida.

Não quero viver o presente...

Mas, infelizmente, ontem ele veio até mim, com a nossa derrota para o Sport com um gol do meio de campo (tem coisas que só acontecem com o Botafogo!) e nossos nove pontos em dez jogos. 

A tabela do Brasileirão estava bem à minha frente, revelando a dura realidade: esse ano lutaremos para não cair.

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