segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Respeitem nossa história

No dia em que os jogadores entraram em campo de luto pela morte de Nilton Santos, o Botafogo deu mais um vexame. Perdemos para o Coritiba, em um jogo no qual dependíamos só de uma vitória para entrar no G4.

Se pararmos para pensar, perdemos todos os jogos decisivos do ano.
Depois daquele 3x0 contra o Cruzeiro, fizemos 15 pontos em 15 rodadas, uma campanha de time rebaixado.
Fomos humilhados na Copa do Brasil pelos nossos maiores rivais.
Chegamos a abrir 10 pontos de distância para o primeiro time fora do G4 e, por mais incrível que pareça, conseguimos cair para a quinta colocação.
Não voltamos porque, novamente, amarelamos nos jogos decisivos. Na nossa chance de virada contra o São Paulo na última rodada, Seedorf errou o passe e a finalização após devolução de Lodeiro.
Ontem, contra o Coxa, custei a acreditar que jogadores tão medíocres possam vestir a camisa que já foi usada por Nilton Santos.

Na semana em que fiquei refletindo acerca do que a morte de um dos maiores craques da história futebol representa, percebi que o problema não está apenas nos jogadores. O Botafogo precisa de uma mudança drástica, praticamente uma revolução.
Nilton Santos fez muito pelo Botafogo, mas o que o Botafogo fez por Nilton Santos? Não me refiro a tratamentos de saúde, mas a títulos e alegrias. O que nosso maior ídolo pôde comemorar nos seus últimos anos de vida? Infelizmente, nada. Uma de suas últimas lembranças, antes de se lançar em uma grande luta contra o mal de Alzheimer, provavelmente foi o rebaixamento para a série B.

A culpa não é apenas dos jogadores. Um clube nunca vai muito longe enquanto o presidente acreditar que lutar pelo G4 é fazer uma boa campanha. Presidente este que sequer foi capaz de cancelar sua viagem no dia da morte do nosso ídolo.

Por mim, podem todos ir embora, com exceção de alguns poucos jogadores.

Ontem, antes do jogo, perguntei ao Kio: "E se Nilton Santos tivesse morrido no dia em que fomos eliminados da Copa do Brasil, horas antes do jogo, será que teria sido diferente?".
Hoje, minha resposta é não.
A verdade é que esses jogadores não estão nem aí para o Botafogo, muito menos para Nilton Santos.
Quiseram as forças divinas que nosso maior craque nos deixasse em um dia em que não tinha jogo do Botafogo. Esses jogadores, essa diretoria... Ninguém parece ter o menor respeito à nossa história.

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