terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Voltei

Depois do último episódio do interminável seriado "tem coisas que só acontecem com o Botafogo", exibido na última rodada do Brasileirão 2017, quando perdemos a vaga da Libertadores após o apito final, com gols nos últimos minutos dos jogos da Chapecoense e do Atlético-MG, tive que tirar umas férias de futebol.

Sim, sofri muito em 2017.

Certa vez, li num desses manuais de auto-ajuda: "quem não se ilude, não se decepciona". 

Pois bem, eu me iludi. Acreditei que 2017 seria diferente. Mantive o sonho vivo em meu coração sem medo de me despedaçar e levei a esperança até o último suspiro. Até a última lágrima. Revivi, em pensamentos, um futuro sonhado tantas vezes que quase acreditei que, de fato, escalei o mastro da bandeira e fechei o túnel de General Severiano, com o rosto pintado de preto e branco, comemorando um título inédito. 

Ah, doce ilusão!

Quando perdemos a vaga da Libertadores depois de 6 derrotas em 7 jogos, fiquei meia hora em silêncio com os olhos fixos na parede. Entendi que precisava de um momento de luto e, na solidão da desclassificação vergonhosa, percebi, mais uma vez, que não podia acreditar demais no Botafogo. Nunca!

Passei uma semana sem vestir a camisa alvinegra e um mês sem ler notícias relacionadas a futebol. Estava com o coração partido. 

Voltei com o rabo entre as pernas porque, apesar de tudo, o meu amor pelo Botafogo é e sempre será incondicional.

E que venha 2018. 

Dessa vez, aprendi que não devo esperar nada. Como gloriosa apaixonada que sou, minha única função é apoiar até o fim. 

Quando não houver mais forças, eu estarei lá. Sempre!

Porque fui escolhida. Não nego, não resisto e, enquanto meu sangue correr pelas veias, pode ter certeza de que ele será alvinegro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lohana, voce e uma das maiores, senao a maior, botafoguense ha historia. Digna de ser condecorada. Alem de escrever maravilhosamente bem. Saudações Alvinegras!

Alvinegro Apaixonado