quinta-feira, 30 de julho de 2015

Série B, depressão...

Confesso que me senti deprimida no jogo de terça, contra o Criciúma.

Enquanto caminhava em direção ao estádio Nilton Santos, às 21h de plena terça-feira, vi pouquíssimos botafoguenses.

Quando cheguei ao portão oeste, as catracas estavam vazias e o clima era de abandono.

A torcida abandonou o Botafogo. Todos os alvinegros que conheço sumiram dos estádios e sequer falam sobre futebol.
De certa forma, não os culpo, pois é duro, aos 24 anos, não ter vivenciado nenhum título de peso e, ainda por cima, sofrer vexames inesquecíveis todo ano.

Ainda assim, eu não abandonaria o meu clube do coração. Quando não posso ir a algum jogo, compenso indo ao próximo. Sei que o Botafogo precisa de mim.

E é isso que devia motivar a torcida. O Botafogo precisa de nós.

As poucas cinco mil pessoas presentes não amenizaram o clima depressivo que senti desde o momento em que me dirigi ao estádio. 
Uma noite de terça feira. O privilégio do futebol às quartas nos foi tirado.
Às 22h, horário em que geralmente já estou deitada em minha cama, começava o jogo em nosso estádio que, infelizmente, ainda está todo quebrado. 

Um empate em 0x0 com o Criciúma de Petkovic.

A depressão tomou conta de mim. O espírito da série B parece pairar sobre o Botafogo, que não joga como um time grande da série A.

Com metade do time composto por moleques da base, percebe-se por que o futebol no Brasil está decaindo. 
Sempre ouço torcedores de todos os times, em momentos de revolta, proclamarem: "bota os garotos da base pra jogar que eles vão correr pra caramba". É claro que isso não funciona. No Botafogo, o time cheio de moleques ainda é muito lento.

Minha esperança é Luis Henrique, que talvez forme uma dupla de ataque interessante ao lado de Neilton, nossa nova contratação.

Vamos ver o que Ricardo Gomes vai fazer com o time em sua estreia. Não tenho dúvidas de que ele, como treinador, é indiscutivelmente superior a René Simões.

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