terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Não há mais jogadores como antigamente

Houve um tempo em que se jogava por amor a um clube, e não ao dinheiro.

Nilton Santos, em toda a sua vida, vestiu apenas a camisa do Botafogo e da seleção brasileira, e só teve dinheiro para comprar seu primeiro carro no auge de sua carreira, após vencer as Copas do Mundo de 1958 e 1962.

Um craque de verdade e uma pessoa íntegra, que jamais faria qualquer coisa contra o clube que sempre amou.

Infelizmente, tudo mudou.

Além de não existirem mais craques como antigamente, hoje em dia qualquer perna de pau está ganhando 200mil por mês. A nova geração de jogadores muda de clube como muda de roupa e, em vez de construir vínculos afetivos, cria apenas mais e mais amor ao dinheiro. 

Apesar disso, beijam nossos escudos e fazem juras de amor eterno. 

E nós acreditamos.

Gabriel, cria do Botafogo, me enganou com suas lágrimas na partida contra o Santos que nos rebaixou para a série B. Dizia-se apaixonado pelo clube e chegou a afirmar que nos ajudaria a voltar à elite.

Ontem, ficamos sabendo da bomba: entrou na justiça contra o Botafogo pelos meses de salários atrasados e vai para o Cruzeiro.

O que eu chamaria de falta de caráter.

Amor ao Botafogo é uma ova. Esse mercenário nos deixou na primeira oportunidade que surgiu e ainda decidiu nos prejudicar financeiramente, uma vez que não receberemos nada pela sua transferência.

Eu sei que ele estava com vários meses de salário atrasado, mas poderia ter saído como tantos outros, ao invés de ter acionado a justiça contra o nosso clube.

Além disso, ninguém nunca pediu que ele fizesse juras de amor. Ele fez porque quis! 

Nunca foi um jogador de altíssimo nível, apenas de razoável a bom. E que a maldição alvinegra caia sobre ele...

Um comentário:

Glorioso Apaixonado disse...

Falou tudo, quer dizer, escreveu tudo.

Gosto muito do seu blog, imparcial, sucinto e o mais importante, conhece a historia do Botafogo.

Parabens.