quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

V E X A M E ! ! !

O que aconteceu ontem superou tudo de vergonhoso que o Botafogo já viveu na sua gloriosa (?) historia. 

Uma derrota para um time da Serie D que ninguém conhecia e a desclassificação vexatória num jogo único onde ate o empate nos favorecia não pode ficar impune. 

Nunca fui de cornetar e sempre me guiei pelos princípios da civilidade mesmo nas mais adversas situações. 

Defendi essa administração por cuidar das nossas combalidas finanças, mas agora não tem como não protestar e dar razão àqueles que usam a internet para expressar sua revolta com a turma do CEP/Mufarrej. 

Eles alegam que não temos dinheiro, mas a Chapecoense também não tem e está mais um ano na Libertadores. 

Também falam que a nossa dívida é milionária, mas o Corinthians também deve até mais que a gente e não tem nem como pagar o estadio construído não se sabe como e ganhou mais um Brasileiro contra os endinheirados Palmeiras, framengo e Atlético Mineiro.

Sim, acabou o amor, esses velhacos precisam vazar do nosso Botafogo. 

Como diz o ditado, o barato sai caro. 

Ao economizar em contratações de jogadores e principalmente de um treinador qualificado deixaremos de ganhar uma fortuna, mesmo que não chegássemos à final, bastando apenas que passássemos por times como, com todo o respeito, a Aparecidense. 

O Botafogo precisa de pelo menos um, eu disse um, jogador que imponha respeito aos adversários, e não e o Kieza que vai amedontrar os nossos rivais. 

E um treinador como esse nunca nem deveria ter sido cogitado para assumir a vaga do Everest. 

Não se trata de dizer agora que não vão tomar nenhuma atitude de cabeça quente. 

É obrigatória a demissão desse tal de "Tigrão" e a contratação de um treinador de verdade. 

Mesmo tendo o clássico contra o nosso maior rival nesse sábado, essa diretoria não pode manter o treinador. 

Com ele, o risco de tomarmos uma goleada histórica eémuito maior do que sem ele. 

De hoje em diante, tiro meu apoio a essa diretoria, mas meu amor pelo Botafogo continua intacto, afinal sou um dos escolhidos. 

Saudações Alvinegras!

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Para Jair sabendo: a maldição alvinegra é maior que o Everest

Não poderia iniciar o post de outra forma senão com estas palavras: estou indignada.

Logo eu, que apoiei Jair Ventura do início ao fim. Mesmo depois que a Chapecoense, com um time reconstruído do zero em um ano, levou nossa vaga da Libertadores com um gol no último lance da partida, eu estava lá para dizer: vejam bem, não é culpa do Jair, ele fez o melhor com o elenco limitado que possuía.

Se me incomodou sua declaração de que a classificação para a Libertadores em 2017 seria, para o Botafogo, algo semelhante a escalar o Everest, tendo em vista que nosso clube nunca havia disputado a competição por dois anos seguidos?

Sim, me incomodou muito. Foi o maior exemplo do "pensar pequeno" de nosso ex-treinador. 

Entretanto, continuei insistindo em ver o lado bom. Chegamos muito perto de conquistas importantes em 2017 com um elenco que, de fato, não tinha estrelas, mas tinha raça e honrava a camisa.

A camisa que seu pai, Jair Everest, vestiu 413 vezes, marcando 186 gols. 

Pensei que você se orgulhava disso. Achei mesmo que não fosse sair do Botafogo agora. Afinal, poderia existir ligação maior com o clube do que ser filho de seu maior ídolo vivo? Não menos importante do que isso é a pergunta que preciso lhe fazer: quem era você antes da oportunidade de treinar o Botafogo? 

Por acreditar cegamente que, apesar de algumas declarações infelizes, Jair era tão torcedor do Glorioso quanto eu, vejo que o defendi mesmo quando ele não merecia mais. Não apenas eu, mas boa parte da torcida. Enquanto a mídia o endeusava, o Botafogo se afundava no Brasileirão, complicando o que parecia simples, ao perder jogos em casa para times que lutavam contra o rebaixamento. 

Nós vimos isso acontecer, não vimos? 

Sabíamos o final da história, não sabíamos?

Sim, pois já a havíamos vivido inúmeras vezes.

Mas, porque acreditamos que um dos maiores méritos de Jair era manter o grupo unido o bastante para superar todas as adversidades, fomos novamente surpreendidos. Falta de comprometimento, desculpas esfarrapadas facilmente contestáveis e apequenamento de uma instituição do tamanho do Botafogo, com declarações tais quais a do Everest, estavam aí para quem quisesse abrir os olhos.

Enquanto tudo isso acontecia, nós fechamos os olhos, porque afinal "Jair Ventura levou o Botafogo às estrelas em 2017 ", diziam os comentaristas. Fomos condicionados a acreditar, ainda que inconscientemente, que o Botafogo já havia ido muito longe no ano passado e que a vaga na Libertadores seria mesmo um feito inédito.

Então, o "deus" Jair nos deixou a ver as tais estrelas e foi encontrar os Santos. E nós dissemos apenas: "obrigada, Jair!"

O que não sabíamos, e que nos foi revelado agora, é que Jair Everest nunca foi botafoguense. Podem ficar boquiabertos, pois ele é molambo! 

Um vídeo antigo divulgado agora mostra a revelação. Ao ser questionado sobre isso, Jair respondeu, com um risinho frouxo: "ainda bem que eu saí do Botafogo".

Não foi difícil juntar as peças do quebra-cabeça. A admiração e o agradecimento, já nitidamente abalados depois do vexame da última rodada de 2017, desceu pelo ralo. 

Pois bem, Jair Everest, eu não sei se você conhece - acredito que não, tendo em vista que nunca foi torcedor do clube -, mas muito se costuma falar sobre a maldição alvinegra. Pode ter certeza de que ela jamais falha, e não duvide nem por um segundo de sua capacidade de alcançar o céu e o inferno - ou o Everest, como preferir. Portanto, é bom Jair se preparando!

Voltei

Depois do último episódio do interminável seriado "tem coisas que só acontecem com o Botafogo", exibido na última rodada do Brasileirão 2017, quando perdemos a vaga da Libertadores após o apito final, com gols nos últimos minutos dos jogos da Chapecoense e do Atlético-MG, tive que tirar umas férias de futebol.

Sim, sofri muito em 2017.

Certa vez, li num desses manuais de auto-ajuda: "quem não se ilude, não se decepciona". 

Pois bem, eu me iludi. Acreditei que 2017 seria diferente. Mantive o sonho vivo em meu coração sem medo de me despedaçar e levei a esperança até o último suspiro. Até a última lágrima. Revivi, em pensamentos, um futuro sonhado tantas vezes que quase acreditei que, de fato, escalei o mastro da bandeira e fechei o túnel de General Severiano, com o rosto pintado de preto e branco, comemorando um título inédito. 

Ah, doce ilusão!

Quando perdemos a vaga da Libertadores depois de 6 derrotas em 7 jogos, fiquei meia hora em silêncio com os olhos fixos na parede. Entendi que precisava de um momento de luto e, na solidão da desclassificação vergonhosa, percebi, mais uma vez, que não podia acreditar demais no Botafogo. Nunca!

Passei uma semana sem vestir a camisa alvinegra e um mês sem ler notícias relacionadas a futebol. Estava com o coração partido. 

Voltei com o rabo entre as pernas porque, apesar de tudo, o meu amor pelo Botafogo é e sempre será incondicional.

E que venha 2018. 

Dessa vez, aprendi que não devo esperar nada. Como gloriosa apaixonada que sou, minha única função é apoiar até o fim. 

Quando não houver mais forças, eu estarei lá. Sempre!

Porque fui escolhida. Não nego, não resisto e, enquanto meu sangue correr pelas veias, pode ter certeza de que ele será alvinegro.

sábado, 18 de novembro de 2017

Tudo tem um limite

Três derrotas seguidas em casa, todas para times que estão abaixo na tabela de classificação, uma delas para o lanterna e virtual rebaixado, queda vertiginosa de rendimento de varios jogadores, vaga na Libertadores, que estava praticamente assegurada, incerta, e o clima da eleição a ser realizada no proximo sábado, onde farpas continuam sendo lancadas entre os candidatos, formaram um composto de teor altamente explosivo mesmo depois de um ano em que o clube, embora não tenha ganhado absolutamente nada, teve desempenho mais que satisfatório nas competicoes que disputou, trazendo a torcida de volta aos estádios e aumentando estratosfericamente o número de socios-torcedores.

Nota-se o sentimento de frustração que tomou conta do torcedor alvinegro depois da expectativa de conseguir um título de expressão depois de 22 anos, e todos os planos e sonhos que tínhamos desde que, heroicamente, fomos eliminando campeão apos campeão na Libertadores parece que se desintegraram como um asteróide que invade nossa atmosfera.

Mas mesmo com todo esse panorama de tragedia grega nao podemos admitir que um grupo de torcedores faça o que fizeram hoje no Estadio Nilton Santos.

Porque torcedor de verdade, que sofre, chora e se desespera nas derrotas, esse torcedor, depois de derramar as últimas lagrimas, volta a apoiar o clube e torcer tanto ou mais do que torcia antes.

Porque torcedor de verdade nao destrói o patrimonio do clube, nao invade estádio nem chuta o carro de nenhum jogador, mesmo daqueles que tenham feito gestos enigmáticos ou ofensivos a torcida.

Isso se chama civilidade.

O bando que invadiu o nosso estádio hoje infelizmente faz parte de uma população que perdeu a noção de civilidade,  e tudo tem relação com o momento por que passa o Brasil, onde as leis são desrespeitadas por aqueles que mais deveriam preserva-las.

Num país onde a própria Constituição é rasgada para que se consolide a tomada do poder, não se pode esperar comportamento diferente do seu próprio povo.

Nós, os verdadeiros torcedores, cantamos assim:

VAMOS, VAMOS, VAMOS BOTAFOGO
CLUBE QUE E MAIS TRADICIONAL
QUERO TE VER CAMPEAO DE NOVO
VOU TE APOIAR ATE O FINAL

Saudações Alvinegras!




domingo, 24 de setembro de 2017

Algumas imagens dessa Libertadores

Pra gente não esquecer nunca! 

Viver um sonho, cantar, gritar, sujar o cabelo de cerveja, sentir o coração apertar até não aguentar mais, rezar mesmo quando não se acredita em nada, chorar de alegria e desejar ter nascido mil vezes novamente, só para poder amar o Botafogo em mil vidas diferentes! 

Esse sentimento ninguém entende.


















quinta-feira, 21 de setembro de 2017

O sonho (não) acabou

Estamos eliminados da Libertadores.

Para muitos - como eu, que acreditei que este ano levaríamos um título de peso -, essa verdade, agora imutável, pode doer incansavelmente no lugar mais profundo da alma.

E vai continuar doendo por um tempo.

Ninguém gosta de perder. Muito menos quando se pode olhar para trás e ter certeza de que não se fez menos do que uma campanha brilhante, principalmente quando se leva em conta as restrições orçamentárias do nosso clube desde a saída do pior presidente da história.

Mas, desde que Omissão se foi, muita coisa mudou para melhor.

A confiança, que se encontrava perdida entre repetidas tragédias na Copa do Brasil e episódios dignos de um legítimo cavalo paraguaio no Brasileiro, retornou com tudo desde que um time limitado, porém muito raçudo, conquistou uma vaga na Libertadores 2017 a despeito de todas as previsões que o apontavam como favorito ao rebaixamento.

Triplicamos o número de sócios torcedores e chegamos à marca de 34 mil, em um período de intensa e apaixonada sinergia entre clube e torcida que há muito tempo não se via.

Com muito menos dinheiro do que os outros brasileiros que conquistaram uma vaga na Libertadores, mas com um treinador que soube valorizar o coletivo e transformar um elenco sem estrelas num time de heróis, o Botafogo fez muito mais em 2017 do que qualquer um poderia imaginar.

Semifinais da Copa do Brasil e quartas de final da Libertadores não valem o título, é verdade. Porém, valem a certeza de que saímos das cinzas e estamos no caminho certo para um futuro glorioso.

Principalmente porque saímos dessa Libertadores jogando um futebol mais cativante do que o time que se classificou para a semifinal. Enquanto todos nos apontavam como presa fácil para o Grêmio na Arena, o suor dos nossos jogadores por muito pouco, muito pouco mesmo, não nos trouxe a classificação. Contra um Grêmio muito inferior àquele endeusado pela mídia, fizemos o nosso melhor jogo da competição e calamos 40 mil pessoas vestidas de azul e preto.

Infelizmente, o futebol é um esporte no qual nem sempre vence o melhor. Talvez isso o torne tão fantástico e, certas vezes, tão doloroso.

Caímos, mas com a certeza de que jogamos muito e fizemos tudo o que estava a nosso alcance. O sonho não acabou, apenas foi adiado para o ano que vem.

Parabéns a todos os heróis e ao comandante Jair Ventura que, com muita raça, nos trouxeram até aqui. Tenho muito orgulho deste Botafogo, o melhor que vi jogar em muito tempo.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

21 anos depois


Se o número 21 assumiu, desde o gol de Mauricio em 1989, uma designação cabalística por parte dos alvinegros supersticiosos - nos quais eu me incluo-, aquela não seria a última vez em que o Botafogo e o 21 se encontrariam na história.

Isso porque, coincidentemente - ou não - 21 anos depois da última vez em que o Glorioso se classificou às oitavas de final da Taça Libertadores - em 1996, após a conquista do Campeonato Brasileiro no ano anterior -, ele conquistou novamente esse feito na quinta-feira passada.

Um time que a imprensa futebolística altamente tendenciosa acreditava que estaria na série B em 2017.

Que, quando arrancou no campeonato brasileiro do ano passado, disseram que nadaria e morreria na praia. E, após a heroica classificação para a Libertadores, julgavam eliminado pelo Colo-Colo ou, se tivesse muita sorte, pelo Olimpia.

Pois, caso o Botafogo se classificasse para a fase de grupos - algo em que não acreditavam nem para os menos parciais da flapress -, ele não passaria dali. Estava decretado. Não havia chances de o alvinegro chegar às oitavas, pois ele não seria capaz de eliminar 4 campeões de Libertadores.

E hoje eu estou rindo.

Rindo MUITO!

Porque o Botafogo provou pra todo mundo que não precisa provar nada pra ninguém. Nós nos reerguemos das cinzas da série B para a glória à qual remete nosso apelido - e que inspirou nosso belo mosaico da classificação.

E que venham as oitavas! 

Em tempo: não é hora de criticar o elenco. É certo que temos limitações, mas esse time já demonstrou que as supera com raça e amor à camisa. Jogadores de nível excepcional qualquer clube endinheirado pode comprar, mas a nossa raça é difícil de se ver. Não duvidem que ela pode nos conduzir ao título.

domingo, 23 de abril de 2017

O adeus ao Carioca e a saga dos nossos titulares

Hoje pela manhã, quando soube que Jair entraria em campo com todos os titulares, pensei que isso era um grande erro.

E acho que estava certa. 

Independentemente do resultado, o que pesava era a maratona de jogos decisivos que temos pela frente.

Na quarta-feira, pegamos o Sport, em casa, pelo primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil. Na outra terça-feira, o jogo mais importante da temporada, que pode garantir nossa classificação às oitavas da Libertadores, contra o Barcelona-EQU. 

Isso depois de termos encarado, há menos de três dias, o próprio Barcelona no Equador, em uma viagem extremamente desgastante de dez horas com conexão na Colômbia. Foram, na verdade, duas viagens seguidas, uma vez que, uma semana antes, nossos titulares passaram muitos dias em Medellin antes da vitória heroica contra o Atlético Nacional. 

Tendo chegado ao Rio ontem pela manhã, estava claro que nosso time titular não se encontrava em condições físicas ideais para disputar uma semifinal de Carioca contra os mulas. Além de riscos de lesões - em que pese o fato de estarmos sempre "bichados"-, não parecia correto desviar o foco de duas competições tão importantes como a Libertadores e a Copa do Brasil. 

Por que Jair não colocou hoje os reservas, que por diversas vezes não nos decepcionaram? Muito menos desgastados, tenho certeza de que dariam o melhor de si. 

Verdade seja dita: nossos titulares também tiveram raça e lutaram até o fim, mas era nítido seu cansaço físico. Ainda assim, estão de parabéns. 

E que venham as oitavas - da Copa do Brasil e da Libertadores!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Sonho ou realidade: Botafogo mantém ascensão e mais uma vez cala os críticos

Não caros botafoguenses, não é mais um sonho, estamos na fase de grupos da Libertadores.

O que significa mais do que ter ficado em quinto lugar no Brasileirão passado porque tivemos que derrubar 2 gigantes em 2 semanas no começo da temporada.


E como não poderia ser diferente com doses de sofrimento, tensão e fé mas também com muita competência, dedicação e confiança, sem as quais o objetivo tornar-se-ia talvez inatingível.

E, com isso, mais uma vez faz-se a pergunta: porque que tem que ser assim?

Porque é nossa sina, somos heróis a cada jogo, não tem sentido o Botafogo existir sem isso.

"Porque (assim) é mais gostoso"

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O último desafio dos primeiros

Hoje temos uma pedreira pela frente: o Olimpia, do Paraguai, no estádio Defensores del Chaco com mais de 30 mil ingressos vendidos.

A parte boa é que o 1x0 de ida nos garante a vantagem do empate ou da vitória com gols. Se fizermos um, eles terão que fazer três.
A parte ruim é que Montillo não vai jogar, nosso departamento físico tem se revelado uma verdadeira piada - por mais que se repita que a culpa é da sequencia de jogos, sabemos da verdade - e provavelmente entraremos em campo com apenas um atacante.

O Botafogo tem duas deficiências sérias no ataque. Faltam:
- Um jogador de velocidade, como Neilton (quem diria que ele faria falta!) ou Vitinho (será que um dia ele volta?)
- Um centroavante sério a la Loco Abreu em seus tempos áureos, que saiba se posicionar na área e subir mais alto que os zagueiros adversários

No meio campo, a maior deficiência é a ausência de um meia armador de grande qualidade, uma vez que Montillo - aposta da diretoria para grande craque da temporada - não mostrou ainda a que veio e Camilo tem demonstrado cada vez mais que é apenas um jogador mediano que teve uma boa fase.

Se não temos grandes armadores de jogada, a conexão do meio campo com o ataque se encontra seriamente comprometida. 
No segundo jogo contra o Colo Colo, é verdade que dominamos o jogo; no entanto, esse domínio foi muito mais decorrente da inexpressividade deles em seu próprio estádio do que de jogadas do nosso time. Tivemos lances de gol, mas quem viu o jogo deve ter percebido que o Botafogo com três volantes e um atacante não funciona.

Simples: Apostar na retranca sem um jogador de velocidade, um matador na frente ou alguém capaz de fazer lançamentos geniais significa simplesmente que não seremos capazes de armar contra-ataques. Assim, o principal objetivo da retranca (defender-se bem e aproveitar-se da exposição alheia com jogadas rápidas) se vê seriamente comprometido.

É uma contradição em seus próprios termos.

Já na metade do segundo tempo no Chile, quando Jair apostou em três atacantes, ao menos ficamos mais ofensivos e mais eficientes. Num eventual contra-ataque, a bola chegava em alguém ao invés de se perder no meio do caminho. 

Se eu fosse treinadora do Botafogo, entraria hoje com três atacantes e faria logo um gol, para apenas depois optar por uma eventual "retranca". Afinal, não dá pra contar que Camilo acertará um lançamento e, simultaneamente, Pimpão se posicionará de forma correta e acertará o gol, tendo em vista que ambos ocorrem com uma frequência não mais do que moderada.

Não se trata de não acreditar no time. Não é necessário ter o melhor time das Américas para vencer a Libertadores. É necessário ter inteligência para perceber nossos pontos fracos e fortes.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Descanse em paz, Diego

Era para ser um post sobre a Libertadores, mas vai ficar para outro dia.

O que aconteceu ontem no nosso estádio não pode se repetir. 


O botafoguense Diego Silva dos Santos, de 28 anos, foi mais uma vítima da violência no futebol. Marginais da torcida do flamengo, aproveitando-se da falta de policiamento para o clássico, chegaram com o intuito de matar. Não são torcedores, mas vândalos, estrupícios, seres que não merecem estar entre nós e que jamais compreenderão o que é espírito esportivo.


O pior é saber que Diego não foi o primeiro e nem será o último, pois os mais terríveis monstros habitam as torcidas organizadas do Brasil.


Como se não bastasse, no total foram 8 torcedores feridos e diversas cadeiras vandalizadas no setor sul.


O Botafogo bem quis cancelar o jogo por falta de policiamento, mas o presidente do rival afirmou que tudo não passava de um falso alarde e que tudo ocorreria bem. Enquanto isso, tiros eram ouvidos no entorno do estádio Nilton Santos e os marginais invadiam a entrada dos setores alvinegros com um único objetivo: matar, ferir, agredir. 


Depois da vitória, o time do Mal ainda teve coragem de publicar uma zoação ao Botafogo em seu site oficial, ignorando completamente todo o ocorrido, o torcedor que perdeu a vida e outros que estão hospitalizados. Custava publicar uma nota de pesar e deixar a zoação para depois?


Se todos odeiam eles, não é porque têm "a maior torcida", como dizem, mas porque são todos marginais em maior ou menor grau, incapazes de se sensibilizar com a tragédia alheia. Tal como torcidas organizadas que chegam para matar, a diretoria do clube do urubu parece não apenas passar a mão na sua cabeça, mas também colocar uma vitória no futebol acima da vida e da morte.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Prova de FOGO

Antes de a semana começar, qualquer botafoguense de verdade sabia que, para ver seu time na Libertadores em 2017, era necessário que pelo menos uma das três coisas abaixo ocorresse:

- O Galo fosse o campeão da Copa do Brasil, transformando o G-6 em G-7
- O Botafogo ganhasse do Grêmio em Porto Alegre
- O Corinthians não vencesse o Cruzeiro em Belo Horizonte

Pois bem, a semana passou e a primeira das oportunidades não ocorreu. Torcemos pelo Atlético-MG como se fosse o próprio Botafogo, mas infelizmente quem levou a Copa do Brasil foi o Grêmio.

Hoje, chegou a hora do time de Jair Ventura, que só funcionou longe do protagonismo, mostrar a que veio. 

É a prova de fogo do Botafogo em 2016.

Se, depois de não vencermos em casa nem Coritiba, nem Chapecoense, nem Ponte Preta, também não formos capaz de superar um Grêmio reserva e sem técnico, faremos novamente história como cavalos paraguaios. Seremos sacaneados por todos.

Se não vencermos hoje, dependeremos da boa vontade de um Cruzeiro sem perspectivas contra um Corinthians esperançoso.

Chegou a hora de mostrar quem é o Botafogo. 

Nós somos grandes, nós somos gigantes, nós somos os futuros campeões da América.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Força, Chape!

Era uma vez um clube alviverde que nasceu em 1973 na pequena cidade de Chapecó, em Santa Catarina, onde hoje moram 200 mil habitantes.

Um clube que já havia vencido poucos campeonatos catarinenses e passado por uma crise que quase o fez fechar as portas quando, em 2014, tornou-se conhecido no futebol brasileiro ao disputar a série A pela primeira vez.

Muitos não acreditaram em sua força e apostaram que faria uma das piores campanhas de todos os tempos e nunca mais retornaria à elite. Eu fui uma dessas pessoas.

Porém, após a permanência na série A sem grandes problemas no ano de 2014, o que se falava era que esse clube já tinha feito história, por ter subido da série D à série A em poucos anos sem jamais sofrer uma queda em qualquer uma dessas séries. Uma ascensão notável e impressionante.

Não demorou para que a Chapecoense se tornasse a queridinha do futebol nacional. 

Com as cores da paz e da esperança, o clube despertou muitos admiradores no futebol e nenhum inimigo. 

Uma história de sucesso que, gradativamente, impressionou o futebol brasileiro e veio a encontrar seu auge em 2016, depois do título catarinense, a excelente campanha no Campeonato Brasileiro e a chegada à final da Copa Sul-Americana.

Não havia dúvidas de que o Brasil todo torceria pela Chapecoense na final contra o Atlético Nacional de Medellin. Esse era o jogo mais importante da história da querida "Chape", como foi apelidada. Era a primeira final internacional em 43 anos de história, o que parecia um feito impressionante para um clube pequeno e sem muitos recursos.

Eles conseguiram. Eles foram guerreiros, deram seu sangue em campo e foram coroados com a classificação histórica. A Chape vivia um sonho e tinha todos os motivos do mundo para se orgulhar. Não à toa o treinador Caio Jr, que já esteve no Botafogo, disse no domingo: "Se morresse amanhã, morreria feliz".

Mas o que aconteceu em seguida me fez acreditar que os deuses do futebol não olham por nós. Talvez não haja qualquer ser divino a nos guiar, pois nem o pior dos demônios tramaria algo tão trágico com um clube tão humilde e merecedor como a Chapecoense.

O sonho virou tragédia.

O mundo não é justo. Não, não, não, não há como se acreditar em justiça quando, de uma hora para outra, 71 pessoas perdem a vida a caminho de um sonho. Se a justiça reinasse nesse mundo, jamais seria a Chapecoense a escolhida.

O episódio seria trágico qualquer que fosse o clube, ou mesmo se fosse um acidente aéreo comum, mas simplesmente não entendo: por que escolheram justo a Chape? Por quê? Por que justo agora, no momento mais importante da sua história?

Gostaria que alguém respondesse, mas não há resposta. É injusto. É muito injusto.

E se o goleiro Danilo não tivesse feito aquela defesa no final do jogo da semifinal que deu a classificação ao time? Eles não cantariam em coro no vestiário "Vamos, vamos, Chape!", mas provavelmente estariam vivos. 

Às vítimas, que descansem em paz. Às famílias, que encontrem algum tipo de consolo e fiquem bem. Ao clube, que a recuperação venha seguida de uma história de glória.

Além do Botafogo, agora torço para mais dois times: Chapecoense e Atlético Nacional de Medellin.
Para a primeira, porque como não torcer depois de tudo? Para o segundo, por ter mostrado que é um GIGANTE em sua nobre atitude de abdicar do título para entregá-lo à Chape. 

Não há palavras para descrever a dor. O futebol está de luto. Mais do que um clube, eram pessoas com uma vida inteira pela frente. 

Que a Chape encontre na tragédia, o conforto; no pesadelo, a esperança; na tristeza, a força. E que o tempo tenha piedade e a coloque novamente na trajetória do sucesso, para que, no futuro, possamos olhar seu escudo e recordar como ela teve que ser forte para superar tudo. 

Chape, você fez história. Você já é um dos grandes. Por você, nossos corações são hoje inteiramente alviverdes.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Derrota e Libertadores

Tem dias que tudo da errado.

Hoje foi um deles.

A Chapecoense jogou no nosso erro e nao foi por falta de aviso.

Jair Ventura ja havia dito isso antes, mas isso nao foi suficiente para nos alertar.

Depois de uma sequencia de vitorias, uma derrota nao pode nos afetar.

Sim, perdemos para uma equipe inferior e dentro da nossa "casa" ou nossa Arena mas isso teria que acontecer um dia, ninguem e invencivel em casa, nem mesmo o Boca Juniors na Bombonera, onde ja perdeu ate para o Payssandu.

Mesmo com a derrota continuamos em uma boa posicao, e certo que poderiamos ter praticamente garantido nossa classificacao hoje porque os adversarios tambem vacilaram, enfim, vida que segue, vejo a Libertadores logo ali.

Para os cornetas, aproveitem esse momento porque nao terao muitas oportunidades de se manifestarem e da-lhe Fogo!

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Descanse em paz, Capita

No céu alvinegro, nenhuma estrela descansa solitária. 
Hoje, aos 72 anos, Carlos Alberto Torres, o Capita, foi se unir a tantos grandes nomes como Garrincha, Nilton Santos, Didi, Carlito Rocha, Heleno de Freitas e Quarentinha. 

Capitão na Copa do Mundo de 1970, treinador do Botafogo na conquista da Conmebol de 1993, sócio e torcedor do Glorioso. Essas são as muitas facetas deste que vai deixar saudades eternas no mundo do bom futebol.

Felizmente, eu e Kio tivemos a grande honra de trocar algumas palavras com Capita nas últimas eleições presidenciais do Botafogo, em 2014, quando ele - e nós, também - apoiava a chapa de Carlos Eduardo Pereira. 




Descanse em paz, craque.